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Casamento: um contrato que regula o depois do fim

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Casamento: um contrato que regula o depois do fim

Eles se encontraram por acaso, sem querer. Conversaram, trocaram telefone, se beijaram. Mesmo com tudo diferente, só crescia a vontade de se ver. E como tinha que ser, casaram-se. Eduardo e Mônica sabiam que não existe razão nas coisas feitas pelo coração.

Histórias de amor permeiam o imaginário popular há tempos. Falar de amor gera rápida identificação. Uma sensação de pertencimento fulminante, em especial quando se está vivendo o que diz a letra. Quanto mais jovem, mais fácil o risco disso acontecer. Casais que se amam, brigam, se separam e voltam são um enredo clássico. Mas, e quando não voltam?

Nos últimos tempos, com o advento do chamado “casamento gay”, fui tentar entender o porquê de tanta polêmica sobre um assunto tão simples. Há tantos argumentos, teorias e conspirações em torno do tema, que o mais simples não fica claro. Afinal, pra que serve o casamento civil?

Antes de tudo, separemos o feijão do arroz: matrimônio, o sacramento religioso, fica de um lado. Casamento, do outro.

Casamento civil é um contrato. E como todo contrato, estabelece direitos e obrigações entre as partes. Só que nesse caso, focando num momento especial: a separação. Curioso, não? Você casa se preparando para o término! É possível que você já tenha ouvido algo do tipo: “Eles se casaram em comunhão, separação parcial ou total de bens?” E lembrando: a morte também é uma separação.

Estou falando besteira? Então, vamos lá: se você já é ou foi casado, com ou sem papel, quantas vezes precisou mostrar algum documento comprovando sua união? Alguém já pediu sua certidão de casamento numa ficha de hotel no Brasil? Mas se o trâmite for comprar ou vender algum bem juntos… talvez as coisas mudem de figura.

Separações não são fáceis, muito menos prazerosas. Daí as nossas barreiras de pensar por esse lado. Grande parte das vezes que falo sobre esse “contrato de término” com pessoas próximas, elas não fazem uma cara muito boa. Perguntam se não enxergo o lado bom e bonito das coisas, a parte romântica… sim, as vejo! Mas da mesma forma que se faz no começo, onde pouco se lembra do possível fim, também se faz no final, onde poucos se recordam de como foi bom no início.

Quando se fala em casamento ou união, homoafetiva ou não, grande parte das vezes as relações são focadas em duas direções: partilha de bens e família. Independente do sexo ou religião, suas crenças de nada valem quando se está regido por um contrato laico e assexuado. O fato dele ser usado para legitimar as regras entre as pessoas que se amam (ou não), pouco diferem de um contrato social numa empresa. Afinal, prejuízos e lucros são divididos sempre, não?

Se a sua questão for sobre adoções, formação de família sob esses novos contratos, aí, isso fica para outro post. A intenção não é dissuadir e sim apresentar uma outra via.

Com o jogo claro e acertado, já não faz muito sentido ser contra ou a favor da união entre homos, héteros, haréns, três ou mais pessoas. Mesmo sem haver razão nas coisas feitas pelo coração, é bom ter um contrato. Você pode dar o nome que quiser a ele. Contanto que valha o que está escrito, para não dar dúbios entendimentos se um dia você for se separar.

De verdade, eu espero que você seja feliz para sempre. 😉

Aproveite para ver os vídeos também.

Eles se encontraram por acaso, sem querer. Conversaram, trocaram telefone, se beijaram. Mesmo com tudo diferente, só crescia a vontade de se ver. E como tinha que ser, casaram-se. Eduardo e Mônica sabiam que não existe razão nas coisas feitas pelo coração.

Histórias de amor permeiam o imaginário popular há tempos. Falar de amor gera rápida identificação. Uma sensação de pertencimento fulminante, em especial quando se está vivendo o que diz a letra. Quanto mais jovem, mais fácil o risco disso acontecer. Casais que se amam, brigam, se separam e voltam são um enredo clássico. Mas, e quando não voltam?

Nos últimos tempos, com o advento do chamado “casamento gay”, fui tentar entender o porquê de tanta polêmica sobre um assunto tão simples. Há tantos argumentos, teorias e conspirações em torno do tema, que o mais simples não fica claro. Afinal, pra que serve o casamento civil?

Antes de tudo, separemos o feijão do arroz: matrimônio, o sacramento religioso, fica de um lado. Casamento, do outro.

Casamento civil é um contrato. E como todo contrato, estabelece direitos e obrigações entre as partes. Só que nesse caso, focando num momento especial: a separação. Curioso, não? Você casa se preparando para o término! É possível que você já tenha ouvido algo do tipo: “Eles se casaram em comunhão, separação parcial ou total de bens?” E lembrando: a morte também é uma separação.

Estou falando besteira? Então, vamos lá: se você já é ou foi casado, com ou sem papel, quantas vezes precisou mostrar algum documento comprovando sua união? Alguém já pediu sua certidão de casamento numa ficha de hotel no Brasil? Mas se o trâmite for comprar ou vender algum bem juntos… talvez as coisas mudem de figura.

Separações não são fáceis, muito menos prazerosas. Daí as nossas barreiras de pensar por esse lado. Grande parte das vezes que falo sobre esse “contrato de término” com pessoas próximas, elas não fazem uma cara muito boa. Perguntam se não enxergo o lado bom e bonito das coisas, a parte romântica… sim, as vejo! Mas da mesma forma que se faz no começo, onde pouco se lembra do possível fim, também se faz no final, onde poucos se recordam de como foi bom no início.

Quando se fala em casamento ou união, homoafetiva ou não, grande parte das vezes as relações são focadas em duas direções: partilha de bens e família. Independente do sexo ou religião, suas crenças de nada valem quando se está regido por um contrato laico e assexuado. O fato dele ser usado para legitimar as regras entre as pessoas que se amam (ou não), pouco diferem de um contrato social numa empresa. Afinal, prejuízos e lucros são divididos sempre, não?

Se a sua questão for sobre adoções, formação de família sob esses novos contratos, aí, isso fica para outro post. A intenção não é dissuadir e sim apresentar uma outra via.

Com o jogo claro e acertado, já não faz muito sentido ser contra ou a favor da união entre homos, héteros, haréns, três ou mais pessoas. Mesmo sem haver razão nas coisas feitas pelo coração, é bom ter um contrato. Você pode dar o nome que quiser a ele. Contanto que valha o que está escrito, para não dar dúbios entendimentos se um dia você for se separar.

De verdade, eu espero que você seja feliz para sempre. 😉