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O valor das alianças – Série Liderança

Soluções digitais para instituições e marketing político.

O valor das alianças – Série Liderança

A imagem do político, da política e suas alianças pessoais

No século XX, existiu um candidato que tentou por 3 vezes ser presidente do Brasil. Não conseguiu. Tomou uma virada na primeira eleição e mais duas pedradas nas duas seguintes, ambas no primeiro turno. Ele desistiu? Não. Só adiou a meta. Em 2002, já no século XXI, finalmente, foi eleito. O nome do santo você já sabe. Mas o fato é que no mesmo ano, eu consegui me eleger representante de turma depois de 5 eleições. É Lula, ganhei de você.

Pra que serve um representante de turma? Não sei. Mas vote em mim que eu te conto. Não é, Tiririca?

Na 5ª série, eu achei interessante aquele negócio de ser representante de turma. Era novo na escola e, lógico, não ia conseguir nem formar uma chapa. Achava legal aquele negócio de falar pela turma. Ou melhor: de aparecer. Adolescência, sabe como é. A gente só quer as luzes. Carregar o pedestal, nada!

Já na 6ª, em 1998, disputei a minha primeira eleição. Pra mim, a mais emblemática. Nessa saga, vou te falar que foi o momento que eu mais trabalhei por votos. Havia coisas básicas que eu já pensava, como os nichos de votos. Lembro de ir em todos os colegas que, por algum motivo, eram os esquecidos da sala. Aqueles que as meninas não olhavam nem falavam, os garotos mais “coadjuvantes” naquela cena escolar, entre outros que eu considerava excluídos. Não perdi tempo com quem eu sabia que não votaria em mim.

Nos últimos anos, a imagem do político mudou muito no Brasil. Mas para aquele garoto de 12 anos nos anos 90, políticos falavam “difícil”. Daí veio a “grande ideia” de abrir o dicionário e pegar palavras desconhecidas que se encaixassem no meu discurso. Depois de discursar, achando que saí vitorioso daquele momento, um colega veio e me perguntou: “Christiano, o que é coesão?” Sim, essa era uma das palavras “difíceis”. Eu expliquei mal e porcamente.

Resultado? Dos quarenta e poucos votos, a votação foi decidida na última cédula: 16 a 15 para a dupla de meninas representantes de turma. Perdi por um voto. Passei a semana pensando em quem eu poderia ter convencido e não consegui. Mas já era tarde. Me tornei um ferrenho opositor no resto do ano. As duas que ganharam são amigas até hoje. 🙂

Nos 3 anos seguintes, foi a mesma coisa. Perdi, perdi e perdi. Lembro de ter virado piada em 2000, na 8ª série. Nem meu grupo de samba ajudava na empreitada. E olha que eu era o “vocalista” da bagaça. Tenho que reconhecer que não tinha uma boa imagem. Mudei de colégio no ensino médio. Perdi de novo. Mas em 2002, tudo mudou.

Já estava escolado em eleições. Nesse momento, eu descobri algo básico para ganhar: Alianças. Fiz a chapa com uma das meninas mais simpáticas que havia na sala, a Vanessa. Que até hoje é uma simpatia só. Ganhamos. Não foi emocionante como a primeira. Na verdade, nem teve graça. Mas aprendi o básico: nunca teria maioria se não me unisse às pessoas relevantes para o meio.

Só pra constar, o restante do ano me mostrou que ser representante de turma não agregava nada. Só preocupações e horas depois das aulas. Valeu!

Quando paro para lembrar dessas épocas, me dou conta de quantas lideranças havia em sala de aula, nos esportes, nas feiras de ciências, nas gincanas, gente com carisma suficiente para reter os votos e movimentar a turma. Aprendi na marra o que outros já tinham dentro de si. Sei que criei condições particulares para ser eleito. E que, certamente, nunca fui o primeiro nome da lista de todos. Também vi muitos que tinham tudo, mas não queriam nada. Por que? Responsabilidade pesa, parceiro.

A quantidade de adolescentes com “visão de jogo” é imensa. Nem sempre os ambientes permitem que eles desenvolvam a liderança nativa. Muita das vezes, o ego inflado pelo nada torna-se um câncer. Ele é danoso. Quando chega vivo à juventude, vem numa pressão avassaladora, a ponto de se tornar arrogância. Ainda sim, só errando é que formamos os melhores. Especialmente, quando esses tem a sapiência de olhar para trás.

Quem dera que todos recordassem as dificuldades do passado, melhorassem suas alianças e não deixassem a soberba emergir. Muita gente ainda cai nesse ponto. Até ex-presidente.

O bagunceiro político – Série Liderança

Aproveite para ver os vídeos também.

A imagem do político, da política e suas alianças pessoais

No século XX, existiu um candidato que tentou por 3 vezes ser presidente do Brasil. Não conseguiu. Tomou uma virada na primeira eleição e mais duas pedradas nas duas seguintes, ambas no primeiro turno. Ele desistiu? Não. Só adiou a meta. Em 2002, já no século XXI, finalmente, foi eleito. O nome do santo você já sabe. Mas o fato é que no mesmo ano, eu consegui me eleger representante de turma depois de 5 eleições. É Lula, ganhei de você.

Pra que serve um representante de turma? Não sei. Mas vote em mim que eu te conto. Não é, Tiririca?

Na 5ª série, eu achei interessante aquele negócio de ser representante de turma. Era novo na escola e, lógico, não ia conseguir nem formar uma chapa. Achava legal aquele negócio de falar pela turma. Ou melhor: de aparecer. Adolescência, sabe como é. A gente só quer as luzes. Carregar o pedestal, nada!

Já na 6ª, em 1998, disputei a minha primeira eleição. Pra mim, a mais emblemática. Nessa saga, vou te falar que foi o momento que eu mais trabalhei por votos. Havia coisas básicas que eu já pensava, como os nichos de votos. Lembro de ir em todos os colegas que, por algum motivo, eram os esquecidos da sala. Aqueles que as meninas não olhavam nem falavam, os garotos mais “coadjuvantes” naquela cena escolar, entre outros que eu considerava excluídos. Não perdi tempo com quem eu sabia que não votaria em mim.

Nos últimos anos, a imagem do político mudou muito no Brasil. Mas para aquele garoto de 12 anos nos anos 90, políticos falavam “difícil”. Daí veio a “grande ideia” de abrir o dicionário e pegar palavras desconhecidas que se encaixassem no meu discurso. Depois de discursar, achando que saí vitorioso daquele momento, um colega veio e me perguntou: “Christiano, o que é coesão?” Sim, essa era uma das palavras “difíceis”. Eu expliquei mal e porcamente.

Resultado? Dos quarenta e poucos votos, a votação foi decidida na última cédula: 16 a 15 para a dupla de meninas representantes de turma. Perdi por um voto. Passei a semana pensando em quem eu poderia ter convencido e não consegui. Mas já era tarde. Me tornei um ferrenho opositor no resto do ano. As duas que ganharam são amigas até hoje. 🙂

Nos 3 anos seguintes, foi a mesma coisa. Perdi, perdi e perdi. Lembro de ter virado piada em 2000, na 8ª série. Nem meu grupo de samba ajudava na empreitada. E olha que eu era o “vocalista” da bagaça. Tenho que reconhecer que não tinha uma boa imagem. Mudei de colégio no ensino médio. Perdi de novo. Mas em 2002, tudo mudou.

Já estava escolado em eleições. Nesse momento, eu descobri algo básico para ganhar: Alianças. Fiz a chapa com uma das meninas mais simpáticas que havia na sala, a Vanessa. Que até hoje é uma simpatia só. Ganhamos. Não foi emocionante como a primeira. Na verdade, nem teve graça. Mas aprendi o básico: nunca teria maioria se não me unisse às pessoas relevantes para o meio.

Só pra constar, o restante do ano me mostrou que ser representante de turma não agregava nada. Só preocupações e horas depois das aulas. Valeu!

Quando paro para lembrar dessas épocas, me dou conta de quantas lideranças havia em sala de aula, nos esportes, nas feiras de ciências, nas gincanas, gente com carisma suficiente para reter os votos e movimentar a turma. Aprendi na marra o que outros já tinham dentro de si. Sei que criei condições particulares para ser eleito. E que, certamente, nunca fui o primeiro nome da lista de todos. Também vi muitos que tinham tudo, mas não queriam nada. Por que? Responsabilidade pesa, parceiro.

A quantidade de adolescentes com “visão de jogo” é imensa. Nem sempre os ambientes permitem que eles desenvolvam a liderança nativa. Muita das vezes, o ego inflado pelo nada torna-se um câncer. Ele é danoso. Quando chega vivo à juventude, vem numa pressão avassaladora, a ponto de se tornar arrogância. Ainda sim, só errando é que formamos os melhores. Especialmente, quando esses tem a sapiência de olhar para trás.

Quem dera que todos recordassem as dificuldades do passado, melhorassem suas alianças e não deixassem a soberba emergir. Muita gente ainda cai nesse ponto. Até ex-presidente.

O bagunceiro político – Série Liderança