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Que profissão escolher: o valor dos trabalhos que não se pagam

Soluções digitais para instituições e marketing político.

Que profissão escolher: o valor dos trabalhos que não se pagam

No Brasil de 2018, cerca de 15,3% das pessoas têm diploma universitário. Isso significa que menos de 20 milhões de nós concluíram o ensino superior, segundo o IBGE. Por outro lado, temos metade da população adulta com apenas o ensino fundamental. Nesse universo de realidades tão diferentes, uma pergunta se mantém: que profissão escolher?

Na prática, escolher uma profissão não se resume a escolher o curso universitário. Não é difícil ver pessoas formadas em Direito, Comunicação, Pedagogia, entre outras carreiras, com trabalhos que pouco ou nada tem a ver com o que foi aprendido em sua Alma Matter.

Os cursos técnicos talvez dêem uma direção maior. Ainda sim, com a precoce desindustrialização brasileira apontada já em 2016, o cenário não é muito animador. Se apenas 10% do PIB é de contribuição industrial, talvez não seja a indústria a grande geradora de empregos.

Então, o que fazer? Qual profissão escolher?

Que profissão escolher: analise o mercado

Analisar o mercado. Não se aprende na escola, nem na faculdade, exceto em algumas, como a de marketing, e só. Raramente em família. Quase em lugar nenhum. Entretanto, é certo que todos, sem exceção, estarão em alguma das engrenagens do mercado.

Me arrisco a dizer, inclusive, que se tivéssemos uma disciplina como “análise de mercado” ou algo similar no ensino médio, daríamos uma ferramenta muito útil aos jovens de até 19 anos.

Muitas dessas pessoas farão parte das valorosas profissões que, constantemente, não se pagam. São subvalorizadas, por conta dessa disparidade entre valor e volume de produtos/serviços.

Aliás, essa é uma daquelas reclamações quando se compara a nossa realidade de trabalho com a de países de alta renda, como o norte-americano e o da Europa ocidental.

Que profissão escolher – Alfaiate na foto
Alfaiates. Uma profissão em extinção. Porém, com muito espaço para crescer em determinados nichos.

Como aumentar o valor dos trabalhos que não se pagam

Há pouco tempo aqui em casa, enviamos um projeto para uma costureira. A profissional era ótima. Tinha qualidade e muita experiência para atender o pedido.

O problema era apenas um: prazo. Se não cobrássemos, o cronograma, que foi furado diversas vezes, talvez se perdesse em meio às desculpas para a entrega.

Deixando meu lado cliente de lado, eu a entendo. Como microempreendedor, profissional solo, compreendo o dilema que ela deve ter se envolvido: qualidade vs. preço.

Por ter um bom trabalho, é muito procurada. Porém, pelo que vimos, seus principais clientes não moravam nas zonas mais ricas da região. Muitos de seus clientes têm renda média. Por consequência, os valores do trabalho dela tem um teto limitado. Pois se subirem, não vende.

Com essa situação, ela precisa ganhar no volume. Ou seja: são necessários muitos pedidos para cobrir seus custos e ter algum lucro. Resultado: prazos furados.

Isso também acontece com cozinheiros, pedreiros, marceneiros, eletricistas, entre outros diversos ofícios que precisam de qualidade na entrega e, consequentemente, preços mais altos para se manter bem.

Mas qual é a resposta para “que profissão escolher”?

A resposta principal é que você compreenda a relação entre volume de vendas e valor do produto/serviço prestado. Em suma, pesquise se há pessoas com renda e noção de qualidade o suficiente para comprarem de você ou da empresa do ramo que você quer trabalhar.

Em regiões fora de centros como Rio, São Paulo e Brasília, é natural que determinados serviços sejam vendidos com dificuldades, fazendo com que haja migração das pessoas mais escolarizadas para esses grandes centros, logo após suas especializações.

Porém, se você está num grande centro, como o próprio Rio, observe bem os pólos compradores.

Por exemplo: se você vende um serviço como costureira/alfaiate, como citei, é extremamente interessante que se tente algum estágio ou contatos que te insiram nas regiões mais ricas da região metropolitana, como Barra, Zona Sul ou região oceânica de Niterói. Nestes locais, a tendência de percepção de preço à qualidade entregue é maior. Você poderá cobrar melhor, lucrar e investir.

Hoje é menos complicado entender as dinâmicas de compra nas regiões, as empresas instaladas em cada lugar e o que as pessoas mais consomem.

Observe seus amigos, conhecidos, familiares e seus interesses. Apesar de nem sempre nossos negócios serem criados para nossos amigos, quando são, é fundamental entender como nossos contatos poderiam ser ótimos clientes.

A dica final é o casamento entre o que você gosta e tem habilidade para fazer, com as necessidades e preferências da sua região.

Boa sorte na escolha.

Aproveite para ver os vídeos também.

No Brasil de 2018, cerca de 15,3% das pessoas têm diploma universitário. Isso significa que menos de 20 milhões de nós concluíram o ensino superior, segundo o IBGE. Por outro lado, temos metade da população adulta com apenas o ensino fundamental. Nesse universo de realidades tão diferentes, uma pergunta se mantém: que profissão escolher?

Na prática, escolher uma profissão não se resume a escolher o curso universitário. Não é difícil ver pessoas formadas em Direito, Comunicação, Pedagogia, entre outras carreiras, com trabalhos que pouco ou nada tem a ver com o que foi aprendido em sua Alma Matter.

Os cursos técnicos talvez dêem uma direção maior. Ainda sim, com a precoce desindustrialização brasileira apontada já em 2016, o cenário não é muito animador. Se apenas 10% do PIB é de contribuição industrial, talvez não seja a indústria a grande geradora de empregos.

Então, o que fazer? Qual profissão escolher?

Que profissão escolher: analise o mercado

Analisar o mercado. Não se aprende na escola, nem na faculdade, exceto em algumas, como a de marketing, e só. Raramente em família. Quase em lugar nenhum. Entretanto, é certo que todos, sem exceção, estarão em alguma das engrenagens do mercado.

Me arrisco a dizer, inclusive, que se tivéssemos uma disciplina como “análise de mercado” ou algo similar no ensino médio, daríamos uma ferramenta muito útil aos jovens de até 19 anos.

Muitas dessas pessoas farão parte das valorosas profissões que, constantemente, não se pagam. São subvalorizadas, por conta dessa disparidade entre valor e volume de produtos/serviços.

Aliás, essa é uma daquelas reclamações quando se compara a nossa realidade de trabalho com a de países de alta renda, como o norte-americano e o da Europa ocidental.

Que profissão escolher – Alfaiate na foto
Alfaiates. Uma profissão em extinção. Porém, com muito espaço para crescer em determinados nichos.

Como aumentar o valor dos trabalhos que não se pagam

Há pouco tempo aqui em casa, enviamos um projeto para uma costureira. A profissional era ótima. Tinha qualidade e muita experiência para atender o pedido.

O problema era apenas um: prazo. Se não cobrássemos, o cronograma, que foi furado diversas vezes, talvez se perdesse em meio às desculpas para a entrega.

Deixando meu lado cliente de lado, eu a entendo. Como microempreendedor, profissional solo, compreendo o dilema que ela deve ter se envolvido: qualidade vs. preço.

Por ter um bom trabalho, é muito procurada. Porém, pelo que vimos, seus principais clientes não moravam nas zonas mais ricas da região. Muitos de seus clientes têm renda média. Por consequência, os valores do trabalho dela tem um teto limitado. Pois se subirem, não vende.

Com essa situação, ela precisa ganhar no volume. Ou seja: são necessários muitos pedidos para cobrir seus custos e ter algum lucro. Resultado: prazos furados.

Isso também acontece com cozinheiros, pedreiros, marceneiros, eletricistas, entre outros diversos ofícios que precisam de qualidade na entrega e, consequentemente, preços mais altos para se manter bem.

Mas qual é a resposta para “que profissão escolher”?

A resposta principal é que você compreenda a relação entre volume de vendas e valor do produto/serviço prestado. Em suma, pesquise se há pessoas com renda e noção de qualidade o suficiente para comprarem de você ou da empresa do ramo que você quer trabalhar.

Em regiões fora de centros como Rio, São Paulo e Brasília, é natural que determinados serviços sejam vendidos com dificuldades, fazendo com que haja migração das pessoas mais escolarizadas para esses grandes centros, logo após suas especializações.

Porém, se você está num grande centro, como o próprio Rio, observe bem os pólos compradores.

Por exemplo: se você vende um serviço como costureira/alfaiate, como citei, é extremamente interessante que se tente algum estágio ou contatos que te insiram nas regiões mais ricas da região metropolitana, como Barra, Zona Sul ou região oceânica de Niterói. Nestes locais, a tendência de percepção de preço à qualidade entregue é maior. Você poderá cobrar melhor, lucrar e investir.

Hoje é menos complicado entender as dinâmicas de compra nas regiões, as empresas instaladas em cada lugar e o que as pessoas mais consomem.

Observe seus amigos, conhecidos, familiares e seus interesses. Apesar de nem sempre nossos negócios serem criados para nossos amigos, quando são, é fundamental entender como nossos contatos poderiam ser ótimos clientes.

A dica final é o casamento entre o que você gosta e tem habilidade para fazer, com as necessidades e preferências da sua região.

Boa sorte na escolha.