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Mapa no chão

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Mapa no chão

Mapa no Chão - Matheus Graciano

Pelo que lembro, devia ter uns 7 anos. Mas a imagem é nítida: sentado no chão com o mapa do estado do Rio. O cartaz era grande, pelo menos para uma criança. Vivia enrolado e guardado em um daqueles canudos de papelão. Quando estendido, teimava em “reenrolar”, e as minhas pequenas havaianas com tiras azuis (ou pretas) eram salvadoras para deixar o bendito estendido sobre os tacos de madeira ou piso do chão.

Foi ali que começou a minha tara com esse estado. Lembrar de todos os municípios nem sempre foi uma tarefa fácil. Até hoje, se perguntado, talvez liste os 92. Mas vai demorar um pouquinho, porque ainda tem muita cidade miúda com cara de bairro, e bairro com cara de município. Distorções de uma densidade populacional desigual.

As estradas e rios eram meus maiores interesses. Quantas vezes olhei (e ainda olho) o trajeto do Rio Paraíba do Sul. Nas rotas, pegava um carrinho qualquer, punha sobre o mapa e brincava de conhecer todas aquelas vias. O modo como elas se interligavam era ainda mais curioso. Um fato importante é que nessas épocas, minha progenitora trabalhou em Conceição de Macabu e depois em Macaé. Como eu ia com ela algumas vezes, ficava lembrando de cada ponto da estrada, acompanhando a linha de trem pela BR-101 e imaginando onde dava cada estradinha que saia da pista. O mapa era a chave para todas aquelas dúvidas.

Essas lembranças me remetem aos tempos de hoje. A situação atual incomoda, principalmente ao perceber que os mandatários políticos parecem não dar a importância necessária às ligações entre os municípios fluminenses. Um estado tão pequeno territorialmente, cheio de gente e variados problemas, merece um plano minimamente comprometido para interligá-lo decentemente.

Ainda mais triste é ver que os moradores, independente do seu grau de instrução, têm dificuldade de compreender as direções, dimensões e riquezas desse estado chamado Rio de Janeiro. O bairrismo cerceia as próprias pessoas dentro do seu curral pessoal.

Essa é melhor prova de que uma barreira geográfica também pode ser uma limitação mental.

Aproveite para ver os vídeos também.

Mapa no Chão - Matheus Graciano

Pelo que lembro, devia ter uns 7 anos. Mas a imagem é nítida: sentado no chão com o mapa do estado do Rio. O cartaz era grande, pelo menos para uma criança. Vivia enrolado e guardado em um daqueles canudos de papelão. Quando estendido, teimava em “reenrolar”, e as minhas pequenas havaianas com tiras azuis (ou pretas) eram salvadoras para deixar o bendito estendido sobre os tacos de madeira ou piso do chão.

Foi ali que começou a minha tara com esse estado. Lembrar de todos os municípios nem sempre foi uma tarefa fácil. Até hoje, se perguntado, talvez liste os 92. Mas vai demorar um pouquinho, porque ainda tem muita cidade miúda com cara de bairro, e bairro com cara de município. Distorções de uma densidade populacional desigual.

As estradas e rios eram meus maiores interesses. Quantas vezes olhei (e ainda olho) o trajeto do Rio Paraíba do Sul. Nas rotas, pegava um carrinho qualquer, punha sobre o mapa e brincava de conhecer todas aquelas vias. O modo como elas se interligavam era ainda mais curioso. Um fato importante é que nessas épocas, minha progenitora trabalhou em Conceição de Macabu e depois em Macaé. Como eu ia com ela algumas vezes, ficava lembrando de cada ponto da estrada, acompanhando a linha de trem pela BR-101 e imaginando onde dava cada estradinha que saia da pista. O mapa era a chave para todas aquelas dúvidas.

Essas lembranças me remetem aos tempos de hoje. A situação atual incomoda, principalmente ao perceber que os mandatários políticos parecem não dar a importância necessária às ligações entre os municípios fluminenses. Um estado tão pequeno territorialmente, cheio de gente e variados problemas, merece um plano minimamente comprometido para interligá-lo decentemente.

Ainda mais triste é ver que os moradores, independente do seu grau de instrução, têm dificuldade de compreender as direções, dimensões e riquezas desse estado chamado Rio de Janeiro. O bairrismo cerceia as próprias pessoas dentro do seu curral pessoal.

Essa é melhor prova de que uma barreira geográfica também pode ser uma limitação mental.