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Por que (e pra que) a Índia?

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Por que (e pra que) a Índia?

Nos últimos meses, ouvi essa pergunta quase como um mantra. Afinal, a resposta não era óbvia. “Mas, por que a Índia?” Minha mãe perguntou diferente: “pra que você vai pra lá, Matheus?” Mães, sempre mais pragmáticas.

Planejando a ida à Índia

No início de 2008, buscando uma atividade para fazer, acabei chegando na Yoga. Estudei os exercícios, filosofia, estilo de vida, essas coisas. Entre ásanas, pranayamas e mudrás, era recorrente a conversa sobre a Índia. Mas se você está esperando que eu fale que foi esse o motivo, ou algo como “buscar espitirualidade no subcontinente indiano”, pode fechar a aba.

Em geral, essa é aquela típica conversa de artista que vai pra Índia. Eles falam essas coisas para que as pessoas digam: “Oh, como ele é espiritualizado! Que legal!” Blá-blá-blá… Eu sei que você não gosta de ser enrolado com essas estorinhas. Nem eu. O dia que decidi fazer a viagem foi em 20 de setembro de 2012, após assistir a palestra do economista Ricardo Amorim.

A apresentação do Amorim falava sobre a dinâmica dos negócios no mundo. Entre a interpretação de alguns fatos recentes, estava a importância da participação chinesa nos negócios brasileiros. O “nunca antes na história desse país” descortinado.

A prova de como a vida econômica do país e, mais ainda, o atual governo se beneficiaram (e muito) com a participação voraz dos chineses na balança comercial. O tripé consumo, investimentos, mercado externo e seus desequilíbrios.

Mas até aí, o lógico era ir à China, não?

Hummm… talvez. Se ele não apresentasse uma possível próxima bola da vez: a Índia. Sim, ela mesma.

Claro que, como tudo na vida, isso é apenas uma previsão. Mas, se comparado ao fato chinês, faz sentido: classe média em expansão, consumo idem, investimentos em educação, sem falar que é uma das maiores economias mundiais. Pouco? Imagina a população indiana, com mais de um bilhão de habitantes, migrando cidadãos da zona rural para os centros urbanos, como aconteceu na China? Vão comprar alimentos, ferro, matéria-prima de quem? Difícil adivinhar, né!

O exemplo chinês já é uma realidade. O indiano ainda é uma promessa. Um é governado por um partido único, o outro é regido por uma recente democracia. Diferenças à parte, penso que conhecer o lugar onde mora cerca de 1/6 do mundo pode ser uma vantagem futura. Vai que dá certo?

E foi assim que decidi conhecer a fábula indiana de perto. Ao chegar lá, das menores às maiores cidades, o que vi foi o mesmo caos urbano que encontramos por aqui, só que multiplicado por seis!

Hoje lanço a série sobre minha viagem à Índia. Toda terça, tem post novo por aqui.

O primeiro post já está no ar: O susto de Delhi

Aproveite para ver os vídeos também.

Nos últimos meses, ouvi essa pergunta quase como um mantra. Afinal, a resposta não era óbvia. “Mas, por que a Índia?” Minha mãe perguntou diferente: “pra que você vai pra lá, Matheus?” Mães, sempre mais pragmáticas.

Planejando a ida à Índia

No início de 2008, buscando uma atividade para fazer, acabei chegando na Yoga. Estudei os exercícios, filosofia, estilo de vida, essas coisas. Entre ásanas, pranayamas e mudrás, era recorrente a conversa sobre a Índia. Mas se você está esperando que eu fale que foi esse o motivo, ou algo como “buscar espitirualidade no subcontinente indiano”, pode fechar a aba.

Em geral, essa é aquela típica conversa de artista que vai pra Índia. Eles falam essas coisas para que as pessoas digam: “Oh, como ele é espiritualizado! Que legal!” Blá-blá-blá… Eu sei que você não gosta de ser enrolado com essas estorinhas. Nem eu. O dia que decidi fazer a viagem foi em 20 de setembro de 2012, após assistir a palestra do economista Ricardo Amorim.

A apresentação do Amorim falava sobre a dinâmica dos negócios no mundo. Entre a interpretação de alguns fatos recentes, estava a importância da participação chinesa nos negócios brasileiros. O “nunca antes na história desse país” descortinado.

A prova de como a vida econômica do país e, mais ainda, o atual governo se beneficiaram (e muito) com a participação voraz dos chineses na balança comercial. O tripé consumo, investimentos, mercado externo e seus desequilíbrios.

Mas até aí, o lógico era ir à China, não?

Hummm… talvez. Se ele não apresentasse uma possível próxima bola da vez: a Índia. Sim, ela mesma.

Claro que, como tudo na vida, isso é apenas uma previsão. Mas, se comparado ao fato chinês, faz sentido: classe média em expansão, consumo idem, investimentos em educação, sem falar que é uma das maiores economias mundiais. Pouco? Imagina a população indiana, com mais de um bilhão de habitantes, migrando cidadãos da zona rural para os centros urbanos, como aconteceu na China? Vão comprar alimentos, ferro, matéria-prima de quem? Difícil adivinhar, né!

O exemplo chinês já é uma realidade. O indiano ainda é uma promessa. Um é governado por um partido único, o outro é regido por uma recente democracia. Diferenças à parte, penso que conhecer o lugar onde mora cerca de 1/6 do mundo pode ser uma vantagem futura. Vai que dá certo?

E foi assim que decidi conhecer a fábula indiana de perto. Ao chegar lá, das menores às maiores cidades, o que vi foi o mesmo caos urbano que encontramos por aqui, só que multiplicado por seis!

Hoje lanço a série sobre minha viagem à Índia. Toda terça, tem post novo por aqui.

O primeiro post já está no ar: O susto de Delhi